Meio Físico

Clima

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O clima de Trás-os-Montes é fortemente condicionado pelo cordão montanhoso que se desenvolve do Alto Minho (1545 m) ao Alvão-Marão (1415 m). A esta barreira geográfica adicionam-se mais dois cordões montanhosos de menor altitude: o primeiro prolonga-se desde a serra da Padrela-Falperra, Alto de Justes até à Serra de S. Domingos; o segundo é constituído pelos relevos de Montesinho, Coroa e Nogueira e estende-se pela serra de Bornes até ao planalto de Carrazeda, no extremo sul de Trás-os-Montes. As sucessivas cadeias montanhosas fazem com que a precipitação total anual diminua drasticamente com a interioridade, variando desde cerca de 1500 mm nas zonas montanhosas de Montalegre, Marão ou Montesinho até 400 a 500 mm nos vales mais encaixados de Mirandela ou Vilariça. Por se tratar de uma região de relevo muito acidentado verifica-se uma grande variedade de climas locais e microclimas, com um denominador comum que é a concentração da precipitação na estação fria. O regime térmico da bacia do rio Rabaçal é marcado pela grande amplitude térmica anual e, em cada mês, por uma grande diferença entre as temperaturas máxima e mínima do ar. A temperatura média mensal varia entre 5,5ºC no mês mais frio (janeiro) e 23,7ºC no mês mais quente (julho). A média da temperatura máxima varia entre os 10ºC no mês de janeiro e 32ºC nos meses de julho e agosto, enquanto a média da temperatura mínima diária varia entre 1,2ºC em janeiro e 15,6ºC em julho.a ocorrência de geada é, por ventura, o fenómeno climático mais importante para o ritmo das atividades agrícolas. A distribuição anual da precipitação na bacia do Rabaçal é típica do clima mediterrânico com uma elevada concentração da precipitação na estação fria e uma quase ausência de precipitação nos meses mais quentes.